De acordo com o deputado estadual Idemar Citó (DEM), que representava o Diretório Regional cearense do partido no evento, Moroni está em missão religiosa em Portugal, e ainda espera resposta da igreja para poder retornar à Fortaleza. Citó declara que a posição de Moroni deverá estar definida até o dia 15 de fevereiro. "Só depois disso iremos falar sobre candidatura do partido na Capital", declara.

Prazo
Segundo o presidente estadual do partido, Chiquinho Feitosa, Moroni deve permanecer em Portugal até o final de maio, quando sua missão de três anos com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (popularmente conhecida como Igreja Mórmon) chega ao fim. Caso não receba autorização para voltar a Fortaleza até o dia 15 de fevereiro, ele deverá retornar para a Capital apenas em junho, mês limite para a oficialização das candidaturas segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O evento de ontem, que contou com a participação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (DEM), promoveu, de olho nas eleições municipais deste ano, seminários de formação para os pré-candidatos do partido.

Apesar de voltado para as eleições, o encontro não definiu ainda como serão realizadas as coligações partidárias da agremiação para o próximo pleito municipal, segundo Idemar Citó. "É prematuro falar em coligação, mas descartamos veementemente a possibilidade de o DEM promover fusões com outros partidos, como vem sendo veiculado", assevera.

A questão das coligações do DEM cearense é especialmente complicada pois, ao contrário da orientação da Executiva Nacional do partido, os membros da legenda no Estado tem agido, tanto no Interior como na Capital, como parte da base aliada do governador Cid Gomes e da prefeita Luizianne Lins.

Tanto na Assembleia, com Idemar Citó, quanto na Câmara Municipal, com os vereadores Mairton Félix e Machadinho Neto, o posicionamento do partido tem se mantido ao lado dos parlamentares de situação, ligados aos interesses do Executivo em âmbito estadual e municipal.

Esta indefinição de posições do DEM cearense, uma vez que à nível nacional o partido é um dos maiores opositores do Governo Federal, torna frágil a coligação do DEM com partidos destacadamente de oposição no Estado, como o PSDB, até bem pouco tempo o seu principal parceiro em todas as disputas, inclusive na última eleição, em 2010, quando o presidente estadual da sigla, Chiquinho Feitosa, estava como primeiro suplente na chama do senador Tasso Jereissati.

Alguns filiados ao DEM acreditam que só após definido todo o quadro sucessório municipal o partido vai se posicionar em Fortaleza, embora no Interior, os entendimentos sobre candidatos já estejam em estágio bem avançado.
Fonte:Matéria extraida do Diário do Nordeste