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Quixadá - Cinco horas após um homicídio no Centro de Quixadá, outro crime de morte foi registrado neste município do Sertão Central. A execução ocorreu na rodovia CE 359, proximidades da Fazenda Casa Forte, a pouco mais de 10Km do Centro desta cidade. Carlos Alberto Lima, mais conhecido pelo apelido de “Beto Rapadura”, foi encontrado na margem da rodovia. Segundo relatório do Centro de Operações Policiais Militares (Copom), o corpo estava crivado de balas, sendo dois de calibre 12, que lhe atingiu a cabeça e o braço direito e sete de pistola, provavelmente 380, sendo um no ouvido, um no pescoço, e cinco na região do tórax e abdome. Ao lado dele, a motocicleta Honda de placa OCE 0502, caída no chão.
Conforme a Polícia, “Beto Rapadura” já havia sido preso, pela prática de assaltos. Ele também estava sendo investigado acerca de tráfico de drogas. Os investigadores da Polícia Civil de Quixadá não adiantaram detalhes, mas acreditam que o crime pode estar relacionado a um acerto de contas. Acreditam que a vítima seguia para o distrito de São João dos Queiroz, onde moram alguns familiares. Ele também  tinha muitos inimigos, mas os policias não apontam nenhuma relação com o homicídio do eletricista Francisco Eloi, o Tutu, assassinado por volta das 17h30, por dois homens numa motocicleta preta, em frente ao cemitério público desta cidade.

Postada:Gomes Silveira 
Fonte:Diário do Nordeste



Até uma garota de 12 anos foi apreendida com produto receptado. 

Cinco pessoas foram presos acusadas de participação em uma quadrilha no bairro Boto, na cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense, acusada de participação em vários furtos, assaltos e receptação, dois policiais foram autores da prisão dos acusados.
O primeiro acusado tem 19 anos, residente no bairro Campo Novo, o segundo tem 18, este afirmou ser Servente de Pedreiro, o terceiro tem 31 anos, residente na Travessa da Lua, com ele à polícia encontrou 04 aros, 04 pneus, 02 guidão, 01 garrupa, 01 Z e 01 cela, todos para bicicletas, uma menor de 12 anos estava com uma bicicleta da cor lilás; a quinta receptadora é uma é uma Domestica de 41 anos, estava com uma bicicleta, de cor vermelha de marca Houston. Todos os acusados moram no bairro Campo Novo.
A polícia acredita que os envolvido no crime fazem parte de uma quadrilha que compram produtos roubados a preço de custo e vendem no mercado negro com valor também abaixo do normal. Os três primeiros são apontados como os assaltantes.

Receptação
Art. 180 CP- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influi para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
 Mais Informações:
Delegacia Regional de Polícia Civil de Quixadá
Rua Brasílio Pinto, 1445, Combate
(88) 3445-1047

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Revista Central - www.revistacentral.com.br


As investigações serão realizadas pelo Polícia Civil de Quixadá que buscará saber o motivo do crime.
Quase 20 dias sem a consumação de homicídio na cidade de Quixadá, no Sertão Central cearense, a polícia registrou no final da tarde desta terça-feira,27, o quinto homicídio no município. A ocorrência aconteceu próximo ao Cemitério Municipal, quando um indivíduo disparou vários tiros contra um Auxiliar de Serviços Gerais, popularmente conhecido pelo apelido de “Tutu”.

De acordo com as informações do Copom, Francisco Eloi, vulgo “Tutu”, 48 anos, residente na localidade de Jatobá-Serra do Padre, em Quixadá, foi assassinado com cinco disparos de arma de fogo, no tórax, abdomen, coxa esquerda e braço esquerdo, desferidos por um indivíduo que trajava camisa listrada, em uma motocicleta preta, com a placa levantada, de capacete preto e com viseira preta, que se evadiu rumo ao Centro da cidade.

A composição da Força Tática de Apoio - FTA compareceu ao local e socorreu a vítima ainda com vida, vindo a óbito no Hospital Dr. Eudásio Barroso. Foram realizadas diligências no intuito de prender o acusado, porém até o momento sem êxito.
As investigações serão realizadas pelo Polícia Civil de Quixadá que buscará saber o motivo do crime.

Mais Informações:
Delegacia Regional de Polícia Civil de Quixadá

Rua Brasílio Pinto, 1445, Combate
(88) 3445-1047
Ronda do Quarteirão3445-1242  / 3445-1243 / 3445-1244
Quartel da Polícia Militar
3445-1042  / 190

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Revista Central - www.revistacentral.com.br


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O deputado José Guimarães disse que o PT Nacional deve acompanhar todo o processo de debate eleitoral, mas sem fazer intervenções
Ele defende que a aliança seja mantida, visando 2014, mesmo que os partidos tenham candidaturas próprias

Mesmo que os partidos que compõem a base da prefeita Luizianne Lins (PT) decidam lançar candidaturas próprias nas eleições municipais de Fortaleza no próximo ano, as lideranças devem trabalhar no sentido de evitar um "racha" na aliança para mantê-la em 2014. O entendimento é do deputado federal José Guimarães (PT), segundo vice-presidente do PT Nacional, ao considerar "natural" e "democrático" o desejo das legendas em lançar seus quadros.

"Mas isso não pode significar o rompimento da aliança que temos no Estado com o PSB ou da aliança nacional", diz. Para ele, a manutenção da aliança em Fortaleza deverá ser definida em fevereiro, após o carnaval.

Nesse sentido, Guimarães defende que o PT trabalhe duas questões centrais relacionadas às eleições de 2012: garantir e articular a manutenção da aliança com o PSB na Capital e estabelecer prioridades nas cidades cearenses em que o partido tem chances reais de vitória, citando Juazeiro, Sobral e Fortaleza.

O parlamentar argumenta que o entendimento com os partidos aliados é fundamental para dar continuidade ao projeto do PT. Após conversas com o governador Cid Gomes e com o chefe de gabinete Ivo Gomes, Guimarães diz considerar que há um "esforço coletivo" dos líderes para garantir a manutenção da aliança em Fortaleza.

Divergências

Por outro lado, ele não descarta eventuais divergências na base e o lançamento de candidaturas distintas na Capital, que é o centro da disputa política no Estado. "Eu não posso ficar chateado ou desenvolver qualquer ação de criminalização aos partidos que têm dito que querem ter candidato. Isso é natural e democrático. Se o PSB lançar candidatura própria, eu acho que faz parte do jogo. O importante é não deixar as pontes se esfacelarem", declarou, ao avaliar que a situação está "bem conduzida".

Segundo o parlamentar, a participação cada vez mais ativa do PSB no Governo Dilma, ocupando cada vez mais espaço na Esplanada dos Ministérios, é outro fator que contribui para o interesse petista em manter a aliança com a legenda no Estado.

Diante disso, Guimarães afirmou que a Executiva Nacional do PT deverá acompanhar todo o processo eleitoral em Fortaleza e em outras cidades que considera "fundamentais" para a disputa eleitoral do partido, citando Recife e Salvador. No entanto, o parlamentar frisou que a direção nacional não deverá intervir diretamente nas decisões que, conforme salienta, cabe aos diretórios municipais.

"É aquele acompanhamento que não é intervenção. Quem decide a tática eleitoral e quem será candidato nas cidades com mais de 150 mil eleitores é exatamente os diretórios municipais", explicou, informando que tem conversado semanalmente com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a respeito da situação em Fortaleza e em outras cidades.

Articulação

Sobre uma eventual mediação de Lula na articulação para manutenção da aliança na Capital, Guimarães disse que o ex-presidente deu uma pausa em sua agenda política até março, mas acredita que independentemente disso o PT deverá ter um processo bem estruturado no debate eleitoral. "Tenho segurança de que estamos consolidando a possibilidade de termos um grande resultado eleitoral no Ceará em 2012", avaliou.

O deputado José Guimarães fez ainda uma avaliação positiva da atuação da bancada federal cearense, atribuindo parte do "sucesso do Governo Dilma" às discussões e aprovações no Congresso Nacional. "Tivemos um ano decisivo para os rumos do País. Asseguramos que nunca a Câmara Federal trabalhou tanto e aprovou tantos projetos importantes", declarou, citando como exemplos a fixação de regras claras para o Salário Mínimo até 2015, o Minha Casa, Minha Vida 2, o conjunto de ações do Brasil sem Miséria, a aprovação da DRU e do Regime Diferenciado de Contratações, o Pronatec e os acordos internacionais.

Em relação à sua vice-liderança do Governo Dilma no Congresso, José Guimarães afirma que pôde contribuir no sentido de articular benefícios e recursos ao Ceará em projetos prioritários que envolvem as áreas de educação, saúde e infraestrutura. "Nós tivemos papel destacado na articulação com o governador Cid em projetos fundamentais, como o Cinturão das Águas", acrescentou.

Na avaliação do deputado petista, 2012 deverá ser um ano de concretização de muitos projetos viabilizados através de conquistas importantes do Estado neste ano. Ele calcula que o Governo Federal deverá aplicar no Ceará, sem considerar os possíveis vetos aos projetos aprovados no Congresso, um valor na ordem de R$ 3 bilhões apenas em investimentos, sem incluir as ações de custeio. "É o segundo Estado do Nordeste em previsão de recursos para 2012, ultrapassando Pernambuco", considerou Guimarães.

Em relação ao ano de 2011, Guimarães analisa que o Ceará "viveu o melhor ano do ponto de vista de liberação de recursos federais", citando os investimentos na Siderúrgica, na Refinaria, no Metrofor, no Eixão das Águas, na recuperação de pelo menos 12 estradas estaduais. "Nós não temos do que reclamar sobre isso", afirmou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste


Luizianne Lins deu adeus a relação amiga e política com os Ferreira Gomes. Eles não se falam se quer protocolarmente. A prefeita evita os encontros e Cid não fala da aliada.
Luizianne já deixou claro que vai escolher o candidato do PT a sua sucessão sem conversar com o governador. Sua preferência é por Waldemir Catanho. Acrísio Sena e Artur Bruno também estão na disputa interna.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:diário do Nordeste


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Atleta foi campeão neste ano pelo ABC e passou nos exames médicos, já tendo participado da primeira atividade pelo seu novo clube
De surpresa, a diretoria do Fortaleza apresentou o atacante Ray, de 26 anos. O jogador não é aquele pivô, como o prometido pelos dirigentes. Segundo ele mesmo, é um atacante de força e velocidade, que atua pelos flancos.

Raimundo Jacome de Lima, o Ray, é natural de José da Penha/RN, e tem passagens por Nacional/SP, Toledo/PR, Marília/SP, Vila Nova/GO, Monte Azul/SP, São Bento/SP, ABC/RN e Luverdense/MT. Nesse último clube, em 13 jogos, marcou 9 gols. "Vamos brigar pelo acesso aqui no Fortaleza", disse. Também foi apresentado o lateral-direito Gelson, que já treinava no clube.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste


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Mesmo com a concorrência de clubes como Cruzeiro e São Paulo, o Ceará se articula para exercer a preferência na compra de Osvaldo, negociando diretamente com o Al Ahli a compra de metade de seus direitos econômicos
Presidente em exercício do Ceará adiantou que o clube propôs adquirir 50% dos direitos do jogador ao Al Ahli

O Ceará continua buscando alternativas para adquirir os direitos federativos do atacante Osvaldo até 31 de dezembro. O presidente interino do Ceará, Robinson de Castro, adiantou, ontem em entrevista à TV DN, que uma nova proposta foi feita ao Al Ahli, dos Emirados Árabes. "Fizemos uma proposta para adquirir 50% dos direitos econômicos do Osvaldo, por um valor superior até ao que teríamos que pagar pela preferência de compra, e ainda deixando o Al Ahli com parte do atleta", explica.

O dirigente, no entanto, disse que a negociação não é simples. "Estamos entrando em contato com o Al Ahli e tentando exercer a preferência de compra. Há muita especulação na mídia, mas não há nada definido, até porque até 31 de dezembro ele é jogador do Ceará. Agora, o próprio Al Alli não quer que o Ceará exerça essa preferência, porque quer aumentar o valor do atleta. Não vamos desistir, até dia 31 tentaremos o que for possível", argumentou.

Especulações

Robinson disse que, apesar das especulações, nenhum clube fez proposta formal pelo jogador. "Apenas um clube que fez proposta por escrito e ficou de depositar a quantia em dinheiro, mas não o fez no prazo", explicou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste



"Foi detectada a existência de um carcinoma papilar no lobo direito da glândula da tireoide", disse o porta-voz presidencial Alfredo Scoccimarro.

Ele acrescentou que "se constatou a ausência de compromissos nos gânglios linfáticos e a inexistência de metástase", o que significa que não se espalhou.

A intervenção cirúrgica querer 72 horas de internação e 20 dias de recuperação.
A presidente pegará licença de 20 dias, até 24 de janeiro, período em que exercerá a Presidência o vice Amado Boudou, completou o porta-voz.

"Se for tudo assim como o comunicado oficial, não deve ter outro problema. A doença está localizada", disse o oncologista Mario Bruno ao canal de televisão TN.

Cristina Kirchner, de 58 anos, foi reeleita em outubro com 54% dos votos para um segundo mandato.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Globo


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População pede liberdade para a Síria, que vive há mais de 40 anos sob a ditadura da família Assad. Os sírios esperam que com a chegada de observadores, Bashar al Assad deixe o poder
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Lejeune Mirhan: conflitos na Tunísia, Egito, Líbia, Síria e Iêmen surpreenderam pela intensidade e rapidez com que ocorreram ao longo do ano
Durante visita, monitores da Liga Árabe puderam observar ainda quão complexa é a situação do país

Damasco Dezenas de milhares de manifestantes exigiram ontem, na cidade síria de Homs, proteção internacional aos observadores da Liga Árabe que verificam o cumprimento de um acordo de paz por parte do regime do presidente sírio Bashar al Assad. Os manifestantes protestaram assim que os monitores chegaram a Homs. A Liga Árabe afirma que o primeiro dia dos observadores na cidade foi "muito bom".

Homs tem sido um dos principais focos de resistência dos militantes que exigem a saída de Assad. Segundo ativistas de oposição, 13 pessoas foram mortas ontem pelas forças de segurança na cidade.

Relatos indicam que os tanques do exército foram retirados da cidade horas antes da chegada da delegação. No entanto, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, afirma que vários tanques permaneceram em Homs, escondidos dentro de prédios.

Mortes

A Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos de defesa dos direitos humanos estimam que 5 mil pessoas já morreram devido a choques entre ativistas e forças do governo desde o início de uma onda de protestos contra o regime, em março.

Os monitores visitaram a cidade, depois de se reunir com o governador de Homs, e viajaram ao distrito de Baba Amr, um dos principais alvos das ações das forças de segurança. No local, os observadores foram cercados por residentes furiosos, que queriam mostrar os danos causados ao bairro e as poças de sangue, enquanto tiros eram disparados nas proximidades.

Vídeos mostram moradores discutindo com os monitores, tentando levá-los para dentro de Baba Amr para ver as vítimas e gritando "queremos proteção internacional" e "onde está o mundo?". Há relatos de mais violência em Homs, mesmo durante a presença dos observadores.

Os Comitês de Coordenação Local da Síria, que são um grupo de oposição, afirma que, ontem, 13 pessoas foram mortas na cidade de Homs.

Otimismo

O chefe dos monitores, o general sudanês Mustafa Dabi, disse estar otimista com a missão. "Hoje foi muito bom, e todos os lados colaboraram", disse ele à agência "Reuters".

A caminho de Damasco, Dabi disse que voltará a Homs hoje. Segundo ele, o restante da equipe permanecerá na cidade.

Os resultados da inspeção mostraram à equipe o quão complexa é a situação na Síria. Os números de mortos e informações relativas aos confrontos na Síria são difíceis de verificar, já que jornalistas estrangeiros são proibidos de atuar no país.

Assad afirma que está combatendo terroristas armados, e que centenas de integrantes das forças de segurança também foram mortos nos protestos.

A missão da Liga Árabe, que deve chegar de 200 a 300 monitores, vai verificar se o governo está cumprindo a promessa de retirar todas as suas tropas das ruas nas áreas de conflito.

Facções entram em conflito no Iêmen

Sanaa Críticos e defensores de um plano para facilitar a saída do poder do ditador do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, confrontaram-se, ontem, com pedradas e pauladas.

O governo norte-americano informou que está avaliando uma solicitação feita por Saleh para viajar aos Estados Unidos.

Jovens ativistas, que há meses lideram os protestos contra o governo de Saleh - há 33 anos no poder - estão divididos sobre deixá-lo sair do país. Eles dizem que isso pode abrandar o conflito, mas também deixá-lo escapar da Justiça.

O ditador iemenita curvou-se a meses de protestos e de pressão internacional ao concordar, em novembro, com um pacto que lhe garante imunidade na Justiça com relação à repressão violenta ao levante, ao mesmo tempo em que prevê que entregue o poder a seu vice.

Longe de resolver a crise, o acerto provocou novas tensões entre os grupos que se opõem ao acordo de imunidade e os que o apoiam o ditador - muitos dos quais fazem parte de um governo interino.

Ativistas afirmam que ao menos 20 pessoas ficaram feridas nos confrontos na capital do país, Sanaa, ontem entre os simpatizantes do partido Islah, que apoiaram o acordo, e o movimento Houthi, o agrupamento rebelde xiita no norte do Iêmen.

Al Qaeda

O governo dos EUA e a Arábia Saudita, que faz fronteira com o Iêmen, temem que o caos prolongado possa permitir que a Al Qaeda reforce a sua presença no país, situado nas proximidades de importantes rotas marítimas do petróleo.

Depois de outra ação violenta no sábado - quando, segundo os manifestantes, as forças de Saleh mataram nove pessoas que participavam de uma marcha contra o acordo de imunidade -, o ditador prometeu abrir caminho a um sucessor e partir para os EUA.

Um porta-voz da Casa Branca disse na segunda-feira que o governo norte-americano está decidindo se permite que Saleh viaje aos Estados Unidos. A autorização para isso poderia abalar as mensagens de apoio de Barack Obama aos movimentos pró-democracia no mundo árabe e a condenação norte-americana à repressão contra protestos.

´Revolução árabe´ era previsível

Em apenas um ano, o mundo árabe viveu mais distúrbios que durante décadas: depois de derrubar dirigentes, os tunisianos e os egípcios acabam de organizar as primeiras eleições livres de sua história e os líbios buscam instalar a democracia depois da queda de Muammar Kadafi. Os iemenitas estão a ponto de deixar para trás um regime autocrático, enquanto na Síria a revolta contra Bashar al Assad recebe apoio da Liga Árabe e da comunidade internacional.

Para o sociólogo e especialista em mundo árabe Lejeune Mirhan, as revoluções no mundo árabe eram de certa forma previsíveis, mas surpreenderam pela intensidade e pela rapidez com que aconteceram ao longo de 2011. "Nós sabíamos que havia um movimento de oposição em todos os países árabes. Somado com esse movimento oposicionista, a crise econômica que assola o mundo também assola o Oriente", explicou Mirhan.

O analista vê relação entre os distúrbios nos países árabes com os protestos, também em 2011, dos "indignados" da Espanha e do Ocupe "Wall Street" dos EUA.

"A raiz econômica é a mesma. Esse pessoal não fala contra o capitalismo de uma forma geral. Fala contra o capitalismo financeiro. Tanto quanto o ´Ocupe Wall Street´, quando os ´indignados´ da Espanha, como os jovens da Praça Tahrir, o índice de desemprego na população mais jovem é muito alto".

O sociólogo considera que, como há uma revolução ainda em curso, não se sabe aonde esses países vão chegar. "Imaginamos que possam ser formados governos democráticos, progressistas e nacionalistas no mundo. Porque hoje a maioria desses governos é pró-Estados Unidos e pró-Israel".

Para Mirhan, a revolução vai se estender a outros países e o último a passar por esse processo deve ser a Arábia Saudita. "A Arábia Saudita é a monarquia mais absolutista e mais pró-americana do Oriente Médio. No contorno dela chegou ao Bahrein, Omã, Catar, Iêmen".

Mirhan prefere utilizar a expressão "revolução árabe" em lugar de "primavera árabe", termo que considera uma invenção que não exprime com exatidão o atual momento. "Não é uma revolta, nem uma rebelião. É uma revolução. Tem muitos aspectos a serem considerados, cada país tem uma variante, tem uma liderança", avalia. Ele destaca a experiência recente do Líbano, que não passa por um levante, e é governado por uma coligação que une da esquerda ao centro.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste



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O cemitério - um dos espaço s configuradores da corrosão - ganha importância, pois nele se digladiam a vida e a morte
O homem mantém certo "respeito pelos mortos" ao não pisar em covas rasas, o que também poderia inocentá-lo das sugestões anteriores. Mantem-se atento devido a claridade da lua que o poderia revelar. Temos mais uma referência à cor branca. A personagem também ajudou a construir um mausoléu para o desembargador Aquino, mostrando-lhe a importância mesmo depois de morto. A cor negra do túmulo também é corrosiva, implicando uma conotação malévola: (Texto V)

Percebe-se o caráter público do cemitério, como um bem da comunidade, não como lugar para banhar-se, como faz o homem, mas lugar de auxílio a algumas situações menos inusitadas. O homem toma banho completamente nu, mas apreensivo em ser pego. As mãos aqui também são mencionadas quando ele cobre, com elas, o sexo.

As alegorias

No terceiro parágrafo os dedos são novamente mencionados quando o homem experimenta a frieza da água. Demonstra religiosidade ao benzer-se antes de mergulhar no tanque, que ao derramar água dá viço à grama - isto seria uma metáfora de cura: esses banhos davam-lhe mais viço e bem-estar; ele também "hauria a noite." Haurir significa esgotar, extrair. Fazia tudo isso na noite, mostrando como aquele momento era prazeroso: (Texto VI)

Esse trecho comprova o que foi falado anteriormente sobre uma possível doença... No início do texto o fato de já ter no bolso uma caixa de fósforos indica hábito dos fumantes. Assim como se aprova o seu alcoolismo: (Texto VII)

Marcas cotidianas

O homem ainda é acometido pelo "stress do trabalho" após este, suas preocupações o acompanham. Outros pequenos diálogos nominais são observados, o primeiro deles é psicológico, recupera o que o patrão falou: "Hem, cabra safado?" e "Diabo!"

No quatro parágrafo, comprova-se o efeito terapêutico dos banhos, bem como a consciência de que os vícios podem matá-lo; quando não, ameaças de inimigos: (Texto VIII)

No parágrafo, beiral é novamente mencionado assim como a telha quando ele volta para casa. Depois segue-se um pequeno diálogo entre o homem e sua mulher, o primeiro sintagma oracional, onde o homem diz " Sobrou algum pedaço de carne, Raimunda?".

Ao falar o homem faz mexer-se novamente na rede o seu filho, desse vez só o mais velho. Assim percebe-se que o incômodo da doença é menor, mas ele ainda está doente. A mulher lhe responde: "Não. Tem ainda um resto de feijão na panela." Percebe-se a pouca comida.

Do epílogo

No último parágrafo, o homem pega a panela e uma velha lata de manteiga com farinha que estava no canto do fogão por onde passavam baratas. As baratas são aqui, assim como os gatos e os cachorros, pode até mesmo dizer o bacurau que aprece no segundo parágrafo, agentes corrosivos vivos que dão à narrativa o caráter de destruição, no sentido de transformar a ordem em desordem, já que baratas são encontradas em lugares decadentes. A passagem "A carteira de cigarros estava meio úmida no bolso da camisa." Comprova nossa suspeita anterior. O homem depois do jantar aproveita mais a noite na soleira da porta de casa, recebendo os ventos da rua no peito e afasta mais uma vez as lembranças do trabalho. Fuma o cigarro fazendo isso um ciclo vicioso. Ainda no último parágrafo aparece outro agente corrosivo, o tempo, representado pelo relógio da estrada de ferro. Esse tempo consome os personagens e é um inimigo de destruição do "protagonista", que sofre com essas doenças consumistas dos humanos.

O que se pode perceber ainda é uma ironia. O homem tem suas doenças e procura sua cura em um cemitério. Há também ambiguidade já que o narrador faz o narratário de narrador ao deixá-lo delinear o fim e ligar os índices. O conto termina e há omissão de traços que podem ser preenchidos pelos leitores, muito familiar aos finais abertos de Machado de Assis.

A corrosão

A corrosão, fenômeno desgastante que atua sobre a faceta concreta das coisas e dos seres na obra de Moreira Campos, é o principal componente da desordem. De acordo com o dicionário significa destruição. A ideia central da destruição seria corroer, desgastar seres e coisas. Estudaremos vários agentes corrosivos, agentes da desordem, como os elementos deformadores dos personagens que não atua no personagem central, referente ao conto, e sim nos personagens secundários que acaba atacando a paisagem, os objetos do ambiente em que o personagem vive. Os recursos utilizados para deformar os personagens seria apelar para o grotesco: mais enfaticamente no asco ou nojo, mãos grandes, cabeludas... Outro agente corrosivo seria a morte, clímax da maioria dos contos. Em O Banho, representada pela doença do personagem principal, causad pela bebida e pelo cigarro - um possível câncer, que o personagem já sabe que possui ou supõe; ele, que sofre dessa doença, mas não é conhecida pelos familiares. A morte também está presente no derrotismo e no fracasso do personagem em não fazer nada para mudar a vida miserável.

Escolha lexical

Os signos verbais presentes são a cor branca, utilizada nas descrições da lua quando o personagem está banhando-se no tanque. O tempo é devastador, o relógio da estrada velha exprime a decadência do personagem presente na última linha do texto. A depressão é vivida pelo personagem, imagina-se que seja por isso que ele não busque mudar sua vida. Imagina-se que o homem era ambicioso, mas vítima da sociedade tornou-se um fracassado. O fracasso também se relaciona a corrosão, igualmente a depressão. É estabelecido pelo autor que a desordem tem maior destaque na escritura. Os agentes vivos da desordem são pequenos seres que aparecem no conto como coadjuvantes são eles as baratas, os gatos e os cachorros, aparecem em situações como parceiros da condição precária de alguns personagens. Aparecem de forma devastadora, afetando tudo de concreto que se aproxima.

TRECHOS

Texto V

De dia os tanques tinham muita vida: as mulheres reuniam-se em volta deles para aguação dos canteiros, os ajudantes de pedreiro vinham apanhar água nas latas.

Texto VI

Assou-se com os dois dedos, atirando longe o catarro.

Texto VII

Lembrou-se de comprar mais meia garrafa de cachaça no bar do Mundico.

Texto VIII

... a pancada enérgica nas costas, no peito, mais uma vez olhando para o alto. ...tornou a assoar-se...; Ajeitou no cós a bainha da faca", o homem andava armado possivelmente para se proteger; os brônquios desentupidos.

A estrutura ficcional de Moreira Campos

Moreira Campos traz uma forma de denunciar a realidade brasileira mantendo em sua obra a presença de tipos humanos marginalizados. Há uma ligação entre os fatos econômicos e sociais contemporâneos e passados. Com isso diminui a distância entre a realidade e a ficção.

Seu protagonista - no caso do conto "O Banho", motivo de nossa investigação - não possui nome, como característica do universalismo e impressionismo; tal recurso é uma forma de tocar o leitor ou fazer com que este se identifique com o personagem, reconhecendo-se na trama.

Moreira Campos utiliza de aspectos impressionistas, neorrealistas, sempre conservando a estrutura linear para suas narrativas. Existe a tensão entre a construção e a destruição em sua escritura, tensão essa que tende e ser amenizada através de recursos como a ironia, o humor, a ambiguidade e através do tratamento que é dado a morte que agarra seus personagens ou simplesmente os circundam.

Há uma tendência para o uso de elementos descritivos ao lado de elementos narrativos - o que atrai com perspicácia o leitor pela sugestão e o apuro dos detalhes; a eliminação de comentários ou de interpretações acerca na narrativa, uma vez que são raros os exercícios de metalinguagem no nível do discurso narrativo; o não gastar de palavras do escritor, isto é, a escolha meditada do vocabulário, implicando um extremo cuidado lexical, já que ele se concentra, ao avançar o tempo da narrativa, no que lhe é fundamental, sem que descuide da paisagem, do espaço como elemento maior.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste


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Moradores da comunidade 8 de Dezembro, no bairro Canindezinho, temem permanecer na área quando o período chuvoso começar

Atualmente, cerca de 18 mil famílias vivem nas encostas de morros e margens de rios e riachos, em Fortaleza

A aproximação da quadra chuvosa, em Fortaleza, deixa em alerta grande parte da população. São diversos os transtornos causados na cidade pelo volume elevado das chuvas. Se esta realidade preocupa a quem reside em locais mais urbanizados, imagine o que pensam moradores das áreas de risco na Capital.

Existe, hoje, um total de 89 áreas de risco em Fortaleza. De acordo com estimativas da Defesa Civil do Município, são, aproximadamente, 18 mil famílias vivendo em encostas de morros e em margens de rios e riachos, locais considerados impróprios para moradia pelo risco que representam.

Os pontos mais críticos estão no Morro Santa Terezinha, no Mucuripe, Morro do Santiago, na Barra do Ceará, e em comunidades ribeirinhas dos rios Cocó e Maranguapinho. Inundações e desabamentos são os principais desastres causados pela chuva.

Segundo o coordenador geral da Defesa Civil de Fortaleza, Alísio Santiago, já está sendo feito um trabalho de prevenção para a estação chuvosa em 2012.

De acordo com ele, o trabalho é estruturado em três eixos principais: coordenar e monitorar as áreas de risco, promover a limpeza de canais e lagoas e conscientizar comunidades e escolas com trabalhos de educação ambiental, por meio dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudec). Conforme Alísio Santiago, a Defesa Civil tem um mapa de risco por regional, e, para facilitar as ações preventivas, está fazendo o mapa por comunidade.

Pedido de ajuda

Moradores da comunidade 8 de Dezembro, no bairro Canindezinho, estão passando por um momento delicado. Parte deles foram indenizados para deixarem as áreas de risco e tiveram as casas demolidas. Contudo, alguns ainda permanecem. Os que aguardam sofrem com as condições atuais do local e pedem agilidade no processo de retirada. Sujeira e insegurança são as principais reclamações.

As ruas da comunidade, próximas ao Rio Siqueira, estão sem saneamento. O esgoto a céu aberto favorece o aparecimento de ratos e espalha o mau cheiro pelo local. Segundo a aposentada Elza Xavier, 66, as fossas das casas demolidas também agravam esse problema. "O fedor é insuportável, não consigo nem comer direito", reclama.

Segundo os populares, alguns imóveis desocupados servem de abrigo para ação de criminosos e usuários de drogas, aumentando assim a insegurança.

Outro problema é gerado pelo entulho das casas derrubadas. A forte concentração de poeira causa doenças. Segundo a costureira Josefa de Souza, 68, o prazo estabelecido pelo poder público para a retirada dos moradores foi de 60 dias, mas há pessoas que aguardam há cinco meses.

A Secretaria das Cidades explica que o atraso aconteceu porque muitas famílias reclamaram dos valores das indenizações. O órgão decidiu revisá-los para avaliar se as quantias poderiam ser aumentadas. O estudo foi feito, mas, conforme a Secretaria, os valores são os mesmos e, no início de janeiro, serão pagos.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste




Grupos da Melhor Idade participam de confraternização natalina no município de Choró
A coordenação dos grupos da terceira idade no município de Choró realizou na segunda-feira, dia 19 de dezembro, a confraternização natalina para os idosos da Sede e das localidades de Maravilha e Monte Castelo.O evento contou com o apoio da Prefeitura de Choró, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social-STDS.

Na ocasião, muitos idosos acompanhados de seus familiares compareceram para esse momento tão especial que recebeu a presença ilustre do prefeito municipal José Antonio Rodrigues Mendes (Dé), e da Vice-Prefeita Professora Maria do Carmo.
Também prestigiaram o evento, os Secretários: Julio Cesar, da Cultura; e Micheline Bernardino, responsável pela pasta da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, assim como os coordenadores e técnicos do CRAS, lideranças do município e moradores das comunidades.

Postada:Gomes Silveira
Fonte:www.choro.ce.gov.br


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Verônica esclarece em nota que não foi sócia de Verônica Dantas, apenas integrou com ela o mesmo conselho de administração
Algumas informações da publicação, que está entre as mais vendidas, circularam na campanha eleitoral de 2010

São Paulo O livro "A Privataria Tucana", que aponta supostas irregularidades ocorridas durante as privatizações realizadas nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998/ 1999-2002), vem causando polêmica desde que foi lançado, no último dia 9 de dezembro.

A publicação afirma que amigos e parentes de José Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e movimentaram milhões de dólares entre os anos de 1993 e 2003.

Verônica Serra, filha do ex-governador José Serra, divulgou nota ontem em que rebate suspeitas que foram publicadas contra ela no livro.

De acordo com a publicação, Verônica Serra foi sócia da empresária Verônica Dantas numa firma de prestação de serviços financeiros na internet, a Decidir. Verônica Dantas é irmã do empresário Daniel Dantas, que controlou a antiga Brasil Telecom até o início de 2005, empresa formada após a privatização da Telebrás.

No livro, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr., Verônica Serra é acusada de participar e de se beneficiar de esquemas durante a privatização do setor de telecomunicações no Brasil. Segundo a publicação, amigos e parentes de José Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e movimentaram milhões de dólares entre 1993 e 2003. O livro não oferece provas de que o dinheiro tenha relação com as privatizações. Algumas dessas informações circularam na campanha eleitoral de 2010.

"Não fui sócia de Verônica Dantas, apenas integramos o mesmo conselho de administração", diz Verônica Serra.

Segundo a filha de Serra, as mesmas acusações são feitas desde 2002, quando seu pai foi candidato à Presidência pela primeira vez. Ela ainda lembra que teve o sigilo fiscal quebrado durante a campanha de 2010.

"Agora, uma organizada e fartamente financiada rede de difamação dedicou-se a propalar infâmias intensamente através de um livro e pela internet. Para atingir meu pai, buscam atacar a sua família com mentiras", afirmou. A nota contém 14 itens em que Verônica faz um resumo da sua vida profissional e detalha como foi sua participação na empresa Decidir.com.

O ex-governador José Serra disse que o livro traz calúnias que partem de uma pessoa indiciada pela Polícia Federal acusada de crime de quebra de sigilo de cidadãos.

Fernando Henrique Cardoso também reagiu afirmando que a obra é uma "infâmia". O PSDB promete entrar nesta semana com processo contra o autor.

Cartilha

Menos de vinte dias após o lançamento, o livro "chegou ao topo do ranking de livros mais vendidos do site especializado em mercado editorial PublishNews.

O autor, Amaury Ribeiro Jr., diz que o livro é uma "cartilha sobre lavagem de dinheiro". Afirma que desde 2000 trabalha no livro e que seu interesse foi devido às lacunas que ficaram na história das privatizações realizadas pelo governo tucano. Ele afirma que os documentos contidos na obra são todos "legais, obtidos na Justiça e no próprio Congresso Nacional."

Ribeiro Jr. trabalhou na "Folha de S. Paulo", "O Globo", "Jornal do Brasil", "IstoÉ", "Estado de Minas". Ele foi acusado pela Polícia Federal de ter violado o sigilo fiscal de dirigentes tucanos e de familiares de Serra. Em 2010, o jornalista teria montado uma central de espionagem no comitê de campanha da então candidata a presidente Dilma Rousseff (PT). 
 
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste


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Governador Cid Gomes dirige trator na solenidade de entrega simbólica do maquinário ontem em Fortaleza
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Ao contrário de algumas localidades, no Sítio Varzinha, em Iguatu, os produtores conseguem manter o trator em correto funcionamento
Cerca de 90% das sementes do Programa Hora de Plantar já estão nos 11 armazéns do interior do Estado

Fortaleza. A distribuição de sementes do programa Hora de Plantar 2012 começa na próxima segunda-feira, na região do Cariri. Lançado ontem na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Ceará, o projeto prevê a distribuição 3,8 toneladas de sementes para agricultores familiares do Estado. Ao todo, 250 mil produtores deverão ser beneficiados através da ação, para a qual foram aplicados R$ 17 milhões.

De acordo com a engenheira agrônoma e orientadora da cédula de agricultura de sequeiro da SDA, Conceição Pontes, após a região do Cariri, as sementes começarão a ser distribuídas, no restante do Estado, conforme o início do período chuvoso em cada região. "Provavelmente, as próximas distribuições vão ser, então, nas serras", indica.

A partir do início das chuvas, complementa, os produtores podem começar a pedir as sementes nos armazéns de suas respectivas regiões. "O agricultor é quem vai sentir a necessidade", frisa. Hoje, afirma, entre 85% e 90% das 3,8 toneladas de sementes já estão nos 11 armazéns que abastecem o Estado. A expectativa é de que todas as sementes sejam entregues até a primeira semana de janeiro.

Segundo o engenheiro agrônomo Marcondes Oliveira, o prognóstico da Funceme também serve como base para definir o início do cultivo. O agricultor é orientado a plantar as sementes somente após a divulgação da previsão de chuvas feita pela Funceme, a qual está prevista para a primeira quinzena de janeiro de 2012.

A SDA também espera, ressalta Conceição, que o sistema de informação ligado à distribuição das sementes possa ser aprimorado e passe a funcionar em tempo real. Atualmente, afirma, muitos Municípios não têm condições técnicas de enviar, de modo instantâneo, as informações sobre quantos quilos de sementes foram distribuídos.

Em todo o Ceará, serão distribuídas sementes de feijão, milho, arroz, sorgo, algodão, mamona, gergelim, girassol e amendoim, além de muda de cajueiro anão, urucum e mandioca. Mais informações sobre o projeto, assim como o manual que detalha a distribuição das sementes, por município, podem ser acessadas na página eletrônica da SDA - HTTP://www.sda.ce.gov.br.

Tratores

Durante o lançamento do Hora de Plantar 2012, também foi feita a entrega de 104 tratores a associações comunitárias de agricultores de 66 Municípios cearenses. Para a iniciativa, que faz parte do Projeto São José, foram aplicados cerca R$ 5,7 milhões. Segundo informações da SDA, 6.450 famílias deverão ser beneficiadas através da ação.

Para as associações que receberam os veículos, a expectativa é de que os tratores resultem em um aumento da renda e da produção nos próximos anos.

Conforme o representante da Associação de Moradores de Papel e Garrote, de Paramoti, Vicente Rodrigues, a entidade, que até ontem não tinha um veículo do tipo, costumava alugar um trator que viabilizasse a realização das atividades agrícolas, que envolvem principalmente o plantio de milho e feijão. O aluguel, afirma, representava um gasto elevado, custando entre R$ 80 e R$ 90 por hora.

O aluguel de trator também é praticado na comunidade Várzea/Panchavati, no Município de Jucás. Segundo Wilson Teixeira, representante da entidade, o trator que os produtores costumam alugar muitas vezes não está disponível, o que prejudica a produção da comunidade.

Segundo o titular da SDA, Nelson Martins, a Secretaria irá acompanhar a utilização dos tratores, para garantir que os veículos não sejam vendidos e sejam utilizados para o benefício dos produtores. Conforme ele, desde que o Estado passou a distribuir tratores, há cinco anos, 500 veículos já foram distribuídos.

Além do secretário, também participou da entrega dos tratores o governador Cid Gomes, que destacou a necessidade de apoiar os pequenos produtores. "É fundamental incentivar a agricultura familiar", frisou.

Implementos

No último ano, os tratores distribuídos às associações foram entregues sem alguns dos implementos que garantem o pleno funcionamento dos veículos. Em Paramoti, por exemplo, informa o prefeito Marcos Aurélio Santos, o trator enviado a uma associação não continha a máquina debulhadora, precisando este equipamento ser alugado pelos agricultores da localidade.

De acordo com Nelson Martins, a ausência dos suplementos ocorreu porque a empresa que deveria entregar os equipamentos, previstos no processo licitatório, não o fez. "Então, nós desfizemos o contrato e fizemos uma nova licitação", diz. Conforme o secretário, os implementos devem ser entregues até fevereiro de 2012 e os 104 tratores ontem repassados às associações já contam com os implementos.

Mais informações:
Secretaria de Desenvolvimento
Agrário do Ceará
Fortaleza, Avenida Bezerra de Menezes, 1820, São Gerardo,
Telefone: 3101.8002

produtividade

"Em cinco anos, o Estado entregou a associações 500 tratores, que fazem com que o preparo de solo seja bem mais eficiente"
Nelson Martins
Titular da SDA

JOÃO MOURA
REPÓRTER

Manutenção do trator sai caro para algumas comunidades

Iguatu. Desde 1995, a partir da implantação do Projeto São José, no Ceará, tratores começaram a chegar ao campo para apoiar as atividades produtivas. O projeto não enfrenta desvio de finalidade, mas o entrave é o mau gerenciamento das máquinas que ficam quebradas com regularidade. A vida útil de um trator é de 10 anos em média e as comunidades que receberam os primeiros equipamentos hoje enfrentam dificuldades para compra de implementos e conserto dos veículos.

A ideia do projeto era que as comunidades conseguissem gerenciar bem essas máquinas e com elas melhorar a renda familiar e fazer fundo de reserva para manutenção dos tratores. Na prática, isso não acontece. Depois de 20 anos de aquisição de um trator, os atuais diretores da Associação de Moradores de Pedregulho, em Orós, enfrentam dificuldades para manter a máquina funcionando. "Está ficando quase inviável porque quebra demais", disse Bonfim Freire dos Santos, do Conselho Fiscal. "Nos últimos dois anos, já gastamos mais de quinze mil reais".

A localidade de Pedregulho fica no entorno do Açude Lima Campos uma área que no passado foi destaque por apresentar elevadas safras de arroz irrigado no verão (julho a dezembro). Além do trator quebrado, os produtores enfrentam alto custo de produção e baixo rendimento na lavoura. Desse modo, o desestímulo é geral.

Alguns fatores contribuem para que as associações comunitárias enfrentem dificuldades para manter os tratores em funcionamento com regularidade: o baixo preço cobrado pela hora de serviço para os sócios, que é de 50% em relação ao custo de mercado; reduzido retorno financeiro em face do baixo valor dos grãos produzidos (arroz, milho e feijão), que mal cobram os custos de produção e falta de gerenciamento. "Recebemos esse trator só o bagaço", lamentou Bonfim Santos. "O nosso sonho era adquirir uma máquina nova, mas o Projeto São José não permite", reclama.

A maioria das associações de produtores rurais enfrenta problema de gerenciamento, e não consegue fazer fundo financeiro para manutenção das máquinas e implementos. Com o decorrer do tempo, os tratores vão ficando estragados e com uso limitado. "Isso é uma questão cultural e depende do nível de organização das associações", observou o gerente regional do Projeto São José, Moacir Torres Bandeira.

A maior dificuldade é a manutenção das máquinas. "Infelizmente, muitas associações não estão organizadas para a formação de uma reserva financeira como prevê o projeto", observa o chefe do escritório da Ematerce em Icó, Francisco Pereira de Alencar, que apontou um caso exitoso. Associação Comunitária de Amaniutuba, em Lavras da Mangabeira, recebeu em 2010 um trator e um reboque e graças ao serviço de transporte e de preparo de terra já tem em caixa mais de R$ 6 mil. "Esse é um exemplo que deve ser seguido", observou.

Atualmente, o custo de aquisição de um trator com implementos agrícolas para o Projeto São José, segundo a Ematerce está orçado em cerca de R$ 80 mil. O equipamento favorece o preparo de solo para o plantio agrícola, beneficiamento de grãos e o transporte da safra e de outros produtos ou bens, beneficiando a comunidade. A cobrança de frete é outra fonte de renda para as associações. Na região Centro-Sul, há alguns exemplos de bom uso dos tratores em comunidades de Malhada Vermelha, em Icó; Croatá e Córrego, em Quixelô e José de Alencar, em Iguatu. A Associação de Moradores do Sítio Varzinha, no Distrito de José de Alencar, é um exemplo de organização e de bom gerenciamento. O trator adquirido há mais de dez anos e os implementos têm manutenção regular graças à correta aplicação dos recursos arrecadados.

MAIS INFORMAÇÕES:
Escritório da Ematerce em Iguatu
Av. Presidente Castelo Branco
S/N, Bairro Cocobó
Região Centro-Sul
Fone: (88) 3581. 9478
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste


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Os revólveres são a maior parte das armas entregues, totalizando 18 mil. A expectativa é aumentar este número e diminuir homicídios
Em vigor desde maio, a campanha já recolheu 36,8 mil armas de fogo e pagou R$ 3,5 milhões em indenizações

Brasília A Campanha Nacional do Desarmamento vai continuar até o fim de 2012. Em menos de oito meses, a campanha recolheu sete armas por hora e pagou R$ 3,5 milhões em indenizações. O Ministério da Justiça e o Banco do Brasil renovaram ontem a parceria para o pagamento das indenizações por armas recolhidas durante a campanha. Em vigor desde maio, a campanha recolheu um total de 36,8 mil armas de fogo no País. Agora, o governo vai focar a campanha nos homicídios por motivo banal.

De acordo com o secretário executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto, a expectativa do governo foi atendida. "Faremos uma nova campanha, talvez aperfeiçoando alguns pontos, mas mantendo o anonimato, a capilaridade, a agilidade do pagamento e a inutilização das armas. Precisamos e queremos ampliar o número de postos de arrecadação".

A grande arma da atual campanha foi o anonimato, como admitiu o ministro interino da Justiça: 80% das devoluções foram feitas na condição de anonimato e cerca de 20% eram artefatos de grande porte. Trata-se de um verdadeiro arsenal de guerra: das 36.834 armas recolhidas - sem contar 151 mil munições -, 7.640 eram de grande porte. São rifles, fuzis, escopetas, carabinas e metralhadoras, entre outras armas de uso restrito de forças militares que, pela primeira vez, foram entregues ao Estado. Os revólveres são a maior parte das armas entregues, 18 mil.

"O anonimato provocou a devolução de armas de grande porte, o que é inédito. Muitas vezes o cidadão comprava de maneira clandestina e, por medo da origem da arma, não fazia a devolução", disse o secretário Barreto.

De acordo com o Ministério da Justiça, foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações pelos armamentos. A entrega pode resultar em indenizações entre R$ 100 e R$ 300 dependendo do tipo da arma. O orçamento da campanha deste ano foi de R$ 9 milhões. Segundo Barreto, a mesma quantia deve ser destinada à campanha em 2012.

"O ministro resolveu colocar um aporte de recursos grande. Não poderíamos deixar faltar recursos em nenhum momento da campanha", afirmou.

Postos de coleta

A campanha pelo desarmamento está presente em 25 Estados, onde existem 1,9 mil postos de coleta de armas. Ao entregá-las, o cidadão não precisa declarar a origem, e depois recebe remuneração, conforme o tipo da arma.
 
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste