BANCO do BRASIL - Bandidos não acertam a mão e destroem até salas de aula

Banabuiú - Equipes das delegacias regionais da Polícia Civil de Quixadá e de Russas continuam à procura do bando que destruiu o Banco do Brasil de Banabuiú no primeiro dia do mês. Na avaliação dos policias mais uma vez a ação dos criminosos foi desastrada; exageraram na carga de explosivos e acabaram demolindo literalmente a agência. O prédio era muito antigo. Pertencia ao Dnocs. Foi reformado em 2003, para receber o banco. Por esses motivos desmoronou. Os escombros soterraram o cofre principal. Por esse motivo a Polícia acredita que os criminosos não roubaram nenhum centavo.

Os caixas eletrônicos ficaram intactos. De acordo com os policiais deixaram de ser o alvo dos bandidos porque além da menor capacidade para armazenamento de dinheiro também não estavam conseguindo abri-los com as dinamites e também acabavam destruindo totalmente as caixas de metal. Como as gerências das agências atacadas não revelam valores fica difícil de saber quanto os assaltantes já conseguiram roubar. Certo apenas os prejuízos para as instituições bancárias. A Polícia estima em torno de R$ 1 milhão na agência de Banabuiú. Em Solonópole devem custar o dobro.

Outro detalhe levantado pela Polícia: por pouco não causaram uma tragédia. Apesar de demonstrarem cuidado em não deixarem vítimas, exceto no caso de Catarina, onde um policial militar foi morto, já que os crimes de assalto seguidos de morte, os latrocínios, têm penas bem maiores – os autores pedem pegar até 30 anos de prisão, poderiam ter atingido dezenas de estudantes. Os explosivos foram detonados por volta das 17 horas. Minutos antes havia crianças e adolescentes estudando em uma escola vizinha ao banco. Duas salas de aula foram destruídas.

Os delegados Marcos Sandro de Lira (Quixadá) e Luciano Barreto (Russas) avaliam que o bando sabia desse detalhe. Provavelmente deixaram para agir após o encerramento das aulas. Geralmente os ataques são realizados na madrugada. Todavia, mais uma vez afrontaram a Polícia. Sabiam do número limitado de policiais militares cuidando da segurança da cidade. Esses detalhes levam a colaboração de quem mora na cidade, no repasse de informações para planejamento do assalto e até mesmo participação direta na investida criminosa. Alguns suspeitos estão sendo investigados.

Postada:Gomes Silveira

Fonte:Diário Sertão Central