Casal de golpistas do Pará agia em Fortaleza

Estelionatários fizeram várias vítimas em Fortaleza e noutras capitais. Uma servidora está entre os lesados
Inspetores da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) prenderam, ontem, a paraense Kelly Cristina da Silva Alves e o cunhado dela, Sirley de Leão Glória, acusados de receptação. Entretanto o casal, segundo a Polícia, é processado por vários tipos de crime, principalmente estelionato.

Na Capital cearense, os dois lesaram várias pessoas, entre elas, uma funcionária pública federal, em mais de R$ 95 mil. Os dois foram detidos pelos policiais civis em um salão de beleza no bairro Guararapes.

O titular DDF, delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, informou que, para lesar a funcionária pública, Kelly Alves se passou por funcionária da Coelce. Ela contou à vítima que havia um pedido de desligamento de energia por conta do não pagamento da conta através de debito no cartão, e pediu à mesma que ligasse para a gerente.

Na conversa com a suposta gerente do banco, a vítima foi informada que o débito automático da conta de luz fora cancelado e que algumas compras foram feitas com o cartão dela. A estelionatária disse à mulher que um funcionário do banco iria à residência dela buscar o cartão com a respectiva senha, para que fosse feito o cancelamento, tendo em vista que as suspeitas eram de que o mesmo tinha sido clonado. Pouco tempo depois, o falso funcionário do banco foi à casa da vítima e pegou não só o cartão do banco, mas também os de crédito e as senhas. Só de empréstimos, foram quase R$ 40 mil. O dinheiro das aplicações financeiras foi transferido para outras contas de integrantes da quadrilha.

Transferências
Uma das contas para a qual o dinheiro foi transferido está no nome de Gisele Priscila da Silva Alves, irmã de Kelly Cristina e companheira de Sirley Glória. O delegado Jaime Paula Pessoa disse que dinheiro também foi transferido para as contas de Luiz Diego, Ecir Raimunda Meireles e Regina Lúcia da Silva Alves, outra irmã da suposta chefe da quadrilha interestadual.

Para poder desmantelar a quadrilha, Jaime de Paula Pessoa passou a monitorar a movimentação de compras com o cartão da vítima. Os extratos mostraram que somente em um salão de beleza ela foi quatro vezes. Os inspetores da DDF souberam que Kelly Cristina havia marcado um horário. Ela chegou com o cunhado e os dois receberam voz de prisão. O casal estava na motocicleta comprada por R$ 5 mil, às custas do golpes. Kelly responde a 15 processos no Pará por crimes diversos.

Postada:Gomes Silveira

Fonte:Diário do Nordeste