Cerco
Cerca de meia hora após o assalto, policiais do Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Polícia de Choque (BpChoque), sob o comando do sargento PM Paulo Ferreira, localizaram na Avenida Urucutuba, na comunidade do Jardim Jatobá, no Grande Bom Jardim (Avenida Urucutuba), uma dupla de assaltantes que estava na Hilux.

Logo, os policiais do Cotam descobriram que a caminhoneta havia sido tomada de assalto, em Caucaia. A Hilux foi a mesma usada para interceptar o Corsa. O Serviço de Inteligência da 4ªCia/6ºBPM (Conjunto Ceará) também entrou na operação.

Uma casa
Os dois acusados foram interrogado e terminaram por fornecer o endereço de uma casa, localizada na Rua Antônio Ivo, no Bairro João XXIII, que servia de ´quartel general´ para o bando.

Lá os policiais encontraram o Corsa tomado de assalto no Mondubim, horas antes, e também uma motocicleta vermelha, igualmente roubada. Dentro do imóvel foram achados vários pertences de vítimas dos assaltos, tais como, cartões de crédito e bancários, equipamentos de som, bolsas femininas, relógios, dinheiro e capacetes, além de máscaras que os assaltantes usavam na hora de praticar os crimes de sequestro e roubo.

"Ali é só um dos esconderijos da quadrilha", disse o sargento Paulo, se referindo à residência onde o grupo guardava os veículos e outros bens roubados.

Os dois suspeitos detidos com a Hilux foram identificados como, Fábio Silva Gadelha, 23; e José Lucas Alves Souza, 21. Os dois foram levados para o plantão do 12ºDP (Conjunto Ceará) e autuados em flagrante pelo delegado Lira Ximenes. As evidências, segundo o titular daquela distrital, mostram que os suspeitos integram um grupo criminoso bastante organizado.

No fim da manhã, Lira Ximenes determinou que os suspeitos fossem transferidos para a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC), no bairro Maraponga, para que as investigações policiais tenham sequência ali.

O sargento Paulo Ferreira lembrou que a grande quantidade de cartões bancários é indício forte de que o grupo age em parceira com estelionatários, conhecidos como ´cartãozeiros´.

Sobre a Hilux, um policial do Serviço de Inteligência contou que os bandidos exigiram R$ 6 mil para devolver o veículo ao proprietário. Como a vítima informou que não tinha essa quantia, os marginais disseram que iam vender a caminhoneta no Interior do Estado.

Os veículos potentes seriam usados em outros assaltos. Os populares, com motor 1.0, seriam desmontados e as peças vendidas. Existe ainda a suspeita de que as motocicletas roubadas eram usadas em ´saidinhas´ e ´chegadinhas´ bancárias.

Comando
O sargento Paulo Ferreira ressaltou que a operação teve êxito graças a um trabalho integrado de várias patrulhas do BpChoque, sob o comando do major Alexandre Ávila, seguindo a uma determinação do comandante-geral da Corporação, coronel Werisleik Ponte Matias e do secretário da Segurança.